Rede dos Engenheiros Agrônomos do Brasil
Merece nosso maior envolvimento na questão...!!!
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Boa noite Ric Braido
Eu sou de Bauru, na região central do estado de São Paulo. Este ponto que vc colocou sobre o empreendedorismo e a diversificação da profissão é realmente fundamental. Por conta de serviços que presto a algumas empresas pude estar visitando produtores rurais em diversas cidades do estado de São Paulo, como Presidente Bernardes, Pereira Barreto, Votuporanga, Garça, Arealva, Itaí, Avaré, Taquarituba, Itaberá, Itapeva, São Miguel Arcanjo, Capão Bonito, Paranapanema entre outras.... Veja que não é em uma única região, mas em várias do estado. E como vc disse, fazendo um trabalho diversificado, pois estive acompanhando lavouras de hortaliças em campo aberto e ambiente protegido, feijão, ameixa, batata, maçã, pêssego, tomate industrial, cana entre outras.
Apesar de essas minhas visitas a produtores serem com objetivos bem específicos, eu sempre procuro fazer um bate papo com eles para saber das novidades do mercado, problemas enfrentados e novas soluções, pois além de trabalhar com consultoria, assessoria e perícias, também sou professor de uma escola técnica agrícola. Assim aproveito sempre estes atendimentos para me atualizar e reciclar idéias.
E uma coisa que tenho sempre observado e os produtores tem me relatado é que muitas vezes as assistências técnicas atendem somente parcialmente as suas necessidades.
Vejam alguns exemplos:
Exemplos destes problemas enfrentados são inúmeros, eu coloquei somente três exemplos para mostrar um grande lacuna deixadas por muitos profissionais que se propõe a fazer assistência técnica, mas que muitas vezes fazem na minha opinião pela metade.
Pelo menos em todas essas cidades que visitei todos os produtores foram unânimes em uma colocação eles precisam de profissionais de assistência, mas que não sejam vinculados a revendas e sim que os orientem não direção de simplesmente colher o máximo, mas que os oriente a produzir com o menor custo. E outra observação importante são raríssimos os casos de assistência desvinculada de revendas.
Quanto a questão do empreendedorismo eu vejo uma questão de saber aproveitar as oportunidades. A ciência agronômica é tão ampla que os profissionais devem ampliar seu horizontes. Eu posso dizer que em aproximadamente 15 anos de vida profissional já trabalhei com muita coisa e sempre aparecem novos desafios. Os profissionais devem se preparar para isso enxergar nova oportunidades e agarrá-las. Além disso, como eu disse em outro tópico de discussão as oportunidades não batem na nossa porta, temos que tirar a "bunda da cadeira" e ir atrás.
Somente como exemplo, quando decidi trabalhar com assistência para produtores de hortaliças em estufa, fui com a cara e com a coragem. Fiz um mapeamento da região, levantei as deficiência do meus concorrentes (agrônomos e técnicos agrícolas) e fui a campo. Saí batendo de porteira em porteira oferecendo meus serviços.... recebi muitos não, mas depois de algumas repostas positivas pude mostrar o valor do meu trabalho. Assim, em pouco mais de seis meses eu formei uma pequena carteira de clientes que me permitia ganhar mais do que piso de um agrônomo, trabalhando por volta de 10 dias por mês. Lógico que inicialmente eu pagava para trabalhar, mas depois eu colhi os frutos.
Porém esta é uma forma de agir existem inúmeras outras, mas o importante é ficarmos atentos as mudanças do mercado contratante de serviços.
Devemos identificar oportunidades, visualizar falhas na concorrência e oferecer um serviço diferenciado e no preço adequado.
Ric. Braido disse:
Que bom que a coisa está boa assim Eduardo B. Teixeira Mendes. Não sei de que cidade você é, mas não acredito que a coisa esteja assim no Brasil todo, pois há muitos lugares que está saturado de profissionais Engenheiros Agrônomos, concorrendo inclusive com técnicos agrícolas. Mas, se a coisa está boa, é hora de aproveitarmos para fazermos ser valorizados, principalmente quanto ao salário e autonomia no exercício profissional.
Uma outra coisa que também bato muito na tecla, além da questão do empreendedorismo, é a questão da diversificação da atuação profissional: Hoje uns 90% dos Engenheiros Agrônomos, desde quando entram na universidade, só pensam em atuar na fitotecnia, mais especificamente com soja e milho, deixando de lado as áreas de engenharia, zootecnia, ambiental, etc., às quais temos atribuições. Temos que preencher essas atribuições também, senão vêm outros profissionais tomar nosso lugar nessas áreas.
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