Rede dos Engenheiros Agrônomos do Brasil
A FAO recomenda que nas regiões tropicais e subtropicais de clima úmido e sub-úmido, com temperatura média diária em torno de 20oC [como no Brasil], a dotação de água para irrigação seja de 3 a 5 mm/d (litros por metro quadrado).
Dentre os métodos de irrigação para culturas em fileiras mais eficientes, está o gotejamento (vide croqui anexo), onde dispositivos (gotejadores) podem ser introduzidos manualmente em tubos de polietileno de reduzido diâmetro [16 a 20 mm, p.ex.], ao pé da planta. A vazão ou descarga do gotejador [da ordem de 2 a 12 litros por hora – lph – p.ex.] é dada pelo fabricante e está relacionada à pressão da moto-bomba [de 20 a 30 metros de coluna d´água, p.ex.].
O espaçamento entre linhas (drip lines) e entre plantas (emitter spacing) é função da cultura a ser irrigada.
Sei que não podemos reduzir uma técnica tão complexa a apenas três parágrafos. A novidade é que no endereço indicado, você tem acesso a uma calculadora digital on line e gratuita, onde você escolhe as unidades (de medida) e os parâmetros técnicos (valores de projeto), obtendo resposta imediata.
Bom proveito.
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São realmente dados muito importantes e ''simples'' que podem ser facilmente implantado pelo profissionais sem a necessidade de cálculos complexos e mais importante ainda são fáceis de serem manuseados pelos agricultores, já tive a oportunidade de trabalhar com um pequeno modulo didático como esses, realmente apresenta um custo beneficio espetacular .
IRRIGAÇÃO POR GRAVIDADE
usando microtubos como emissores
(Nos EUA e outros países, existem sites que vendem kits 'familiares' e foi num deles que copiei o quadro anexo. Lembro que o reservatório de água varia, desde uma garrafa PET até um tambor de 200 litros e que a pressão -- que interfere na vazão -- depende da altura sobre o solo, tamanho do furo na mangueira e espaçamento/número de saídas).
IRRIGAÇÃO LOCALIZADA
(No vídeo, olhe pra água e não para as pernas da moça, viu ?)
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=jz-R_...
Nós ainda vamos chegar lá.
PROJETO DE GOTEJAMENTO
Deseja-se irrigar por gotejamento uma fileira de árvores. Selecionamos de um fabricante, gotejadores de 1,2 l/h de capacidade. A necessidade de água da planta é de 3 l/d; a freqüência de irrigação é de 4 dias e o tempo disponível para irrigar é de 2 horas.
Cálculo do volume de água necessária para a irrigação: 3 l/d.planta x 4 dias = 12 l/árvore
Cálculo da Taxa de irrigação necessária: 12 l ÷ 2 h = 6 l/h
Número de gotejadores necessários: 6 l/h ÷ 1,2 l/h = 5 gotejadores/árvore
Nas glebas pequenas (típicas da agricultura familiar) onde haja problemas de água e energia elétrica, pode-se pensar na irrigação por gravidade, tendo como manancial um balde ou barril.
Por ser muito sensível à altura do nível da água, à vazão unitária (de cada furo no tubo ou gotejador colocado a espaços iguais) e ao número de saídas, o número e comprimento dos ramais deve ser reduzido (1 a 5 linhas de 3 a 5 m de extensão). O volume do reservatório e a vazão total ditarão o tempo de esvaziamento do reservatório. Os tubos, de polietileno, podem ser de ½ a ¼ de polegada de diâmetro.
Deve-se selecionar gotejadores de baixa vazão, tal como 2 l/h. Quanto mais saídas forem acrescentadas à linha, a uniformidade de distribuição (da água) diminui, saído mais água no início da linha e menos no final. Além disso, conforme o nível da água no barril diminui, reduz-se a vazão dos gotejadores.
Seguem-se dados práticos, transcritos de um site estrangeiro que adotou o sistema.
Quando eu disse que o projeto estava completo, eu me referia à parte hidráulica. Faltam ainda alguns detalhes quanto ao cabeçal de controle (local próximo à bomba, onde ficam o filtro, válvulas, registros e fertirrigação) e agora, quanto ao manejo, o número de setores e o tempo de operação.
E para finalizar, mais uma incógnita: como a água vai se comportar no solo.
Ao gotejar no solo a água se distribui segundo um bulbo de umidade que varia com as características do solo. O bulbo molhado formado é afetado pela umidade inicial do solo, pela vazão do emissor, pela frequência e duração da irrigação, pelo movimento capilar da água e pela capacidade de retenção de água pelo solo. O emissor cria padrões de molhamento no solo que determinam o tamanho e forma da zona radicular da cultura (Evan et al., 2007).
No trabalho “Avaliação de Modelos Matemáticos para Dimensionamento do Bulbo Molhado na Irrigação por Gotejamento”, Lucas Massayuki Sato, UFSCar, 2012, pág. 50, apresenta duas equações para a estimativa do diâmetro e profundidade do bulbo (vide anexo).
A condutividade hidráulica do solo Ks é uma propriedade que expressa a facilidade com que a água nele se movimenta; é importante para o manejo do solo, para a produção das culturas e para a preservação do solo e do ambiente.
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