Rede dos Engenheiros Agrônomos do Brasil
Brasília, 25 de outubro de 2018.
“Comparado à receita emitida pelo médico, o receituário agronômico deve ser seguido à risca, de acordo com o indicado pelo engenheiro agrônomo. Esse fato proporciona segurança na aplicação racional de agrotóxicos, quando necessária, com proteção ao meio ambiente e atenção à qualidade do alimento que deve chegar à mesa do consumidor".
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Coordenador da Cceagro, Kleber Santos, destacou vantagens da mistura de tanques por engenheiros agrônomos à TV Amazônica |
A afirmação foi feita na manhã desta 5ª feira (25) por Kleber Santos, eng. agrônomo e Coordenador Nacional das Câmaras Especializadas de Agronomia, do Sistema Confea/Crea, em entrevista para a TV Amazônica. Ele destacou a “revolução” que representa a Instrução Normativa 40, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que trata da mistura em tanque de produtos a serem pulverizados nas plantações.
Riscos
Para Kleber, usar os agrotóxicos sem orientação de um profissional é tão perigoso quanto se automedicar, em uma analogia entre Agronomia e Medicina.
A instrução normativa, entre outras determinações, estabelece as regras complementares para a emissão da receita agronômica - prevista no Decreto nº 4.074 de 04 de janeiro de 2002, no que tange ao exercício profissional e eficiência agronômica na aplicação dos agrotóxicos e afins; a receita específica para cada cultura ou problema; o nome dos produtos e informações de incompatibilidade e determina que cabe ao engenheiro agrônomo a interpretação das recomendações oficiais, visando à elaboração da receita agronômica em consonância com as boas práticas agrícolas e com as informações científicas disponíveis.
Ganhos
O coordenador da Cceagro defende que “a mistura em tanque é muito importante para a agricultura porque, em princípio, economiza quantidade de aplicações e reduz o número de vezes que o agricultor lida com os produtos tóxicos, o que também reduz seu tempo de exposição no manuseio. além da redução de custos, mas tudo deve seguir a prescrição descrita no Receiturário Agronômico".
"Também é importante destacar", diz ele, que essa instrução "atende à demanda e ao movimento de vários anos de segmentos organizados do setor agropecuário".
Por último, Kleber Santos destacou que "os estudos da Embrapa demonstram, inclusive, o uso desta prática pelos agricultores".
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Kleber tratou também sobre o acordo de cooperação técnica firmado entre o Confea e o Ministério da Agricultura |
Lembrando que, recentemente o Confea e o Mapa firmaram acordo de cooperação técnica visando melhorar a fiscalização do uso de agrotóxicos e a participação de um profissional habilitado à frente dos empreendimentos, o coordenador da coordenadoria de câmaras especializadas de Agronomia, lembra que as instituições se comprometeram a desenvolver ações referentes aos temas de regulação, intercâmbio de informações sobre fiscalização e colaboração mútua para desenvolvimento de capacidades dos profissionais de ciências agrárias em defesa da agropecuária. Veja aqui
Também no mês de outubro, o Confea foi o palco do lançamento da Expedição Safra 2018/19, que tem como objetivo monitorar a produção de grãos no Brasil.
Saiba mais:
Confea e Mapa firmam acordo de cooperação
Capilaridade do Sistema amplia alcance da Expedição Safra
Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea
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Acho que essa tarefa é urgente (aprofundar a discussão). Aqui no RS, os colegas com os quais conversei manifestaram essa preocupação.
Vc tá certo Jose Luiz, isso obrigará os pesquisadores aprofundar nas questões de compatibilidade de produtos. É preciso aprofundar essa discussão
Maurício e colegas, também acho que a IN seja um avanço e significa valorização do Engenheiro Agrônomo. Além disso, possivelmente desestimulará profissionais que não têm a formação completa de prescrever produtos e se responsabilizarem por tal prescrição.
No entanto, tenho uma inquietação e gostaria de comentários de vocês. As misturas em tanque de diversos produtos irão gerar reações químicas e resultar em uma gama de outros produtos que, em princípio nós não poderemos prever. Nosso conhecimento sobre isso é limitado. Como o Engenheiro Agrônomo poderá receitar, e assumir a responsabilidade por eventuais danos e prejuízos, misturas de produtos com segurança científica que eles não vão gerar produtos indesejáveis e perigosos para a saúde do agricultor e para o meio ambiente (flora, fauna, água)?
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