Rede dos Engenheiros Agrônomos do Brasil
Estive no XXVIII CBA como Coordenadora da Câmara Especializada de Agronomia e Pesca do Crea-CE e também como 2ª Secretária da Confaeab. Coordenei o Eixo Temático III - Segurança Alimentar e Nutricional/SAN. Nele, tivemos várias palestras divididas em painéis. Ao todo dois Painéis, um pela manhã com duas palestras, uma sobre a Visão Governamental da Política de Segurança Alimentar, tendo como palestrante Arnoldo Campos - Secretário de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social. Arnoldo mostrou como o Governo Federal vem tratando a SAN, as políticas que fazem parte do pacote governamental para redução da fome e da pobreza e as ações que estão em desenvolvimento e planejadas. A outra, proferida pelo nosso colega do Piauí Ulisses de Oliveira, que fez um resgate da política de SAN desde os primórdios de Josué de Castro, na década de 40 até o momento atual mostrando a participação da sociedade civil, a luta do Betinho para coloca-la como política, o reconhecimento de sua importância ao fazer parte do texto Constitucional de 1988. Em seu resgate, Ulisses mostrou que apesar da redução da fome em nosso país, ela ainda existe e o papel das politicas de inclusão contribuem fortemente para minorar o problema e ainda que a sociedade civil deve ficar vigilante e que os engenheiros agrônomos devem participar dos diversos fóruns sociais que existem no país. Ambas palestras deixaram claro que a grande questão da fome não é a necessidade de alimentos e sim, a possibilidade do acesso a comida também ficou evidenciado o que provoca na população a deficiência nutricional (doenças crônicas, mortalidade, baixa estatura, entre outras). Por fim, foi ressaltado a necessidade do engajamento do engenheiro agrônomo a sua importância como agente propulsor, indutor de desenvolvimento, produtor de alimentos e que a profissão deve ser valorizada e ter mais visibilidade social. Outra questão também tratada foi a segurança hídrica como parte da política de SAN. Este painel teve na relatoria o Diretor da Mútua Regional do Ceará, Eng. Agrônomo José Maria Freire.
A tarde, o Eng. Agrônomo e Professor, Luiz Freire (UFRRJ) trouxe para a platéia o desafio de converter em ganhos reais os resíduos da agroindústria, com a venda de crédito de carbono. Apresentou uma proposta de redução do efeito estufa na retenção de carbono orgânico em solo submetido a aplicação de resíduo da agroindústria. Deixou para reflexão a possibilidade de outras fontes alternativas voltadas nesta direção. Na segunda parte da tarde tivemos a palestra de Rui Prado, que ocupa atualmente, entre outros postos, a presidência da Famato/Senar, do IMEA, da Comissão de grãos e oleaginosas, além de membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República. A sua palestra versou sobre a agricultura de base empresarial - trouxe inúmeros dados estatísticos e como se encontra o setor atualmente como propulsor de desenvolvimento do país e responsável por uma parcela significativa do PIB Nacional. Este painel contou como a relatoria do Eng. Agrônomo Esio do Nascimento, presidente da Associação de Eng. Agrônomos do Ceará.
Merece destaque a participação estudantil em ambos painéis e as diversas intervenções do público presente (estudantes, profissionais da agronomia e de outras áreas) que contribuíram para trazer por parte dos palestrantes e participantes mais elementos para a temática discutida.
Dada a pluralidade de eventos, não foi possível participar de muitas discussões, entretanto posso informar que no evento do Confea (1ª Reunião de Conselheiros Regionais e Profissionais da Agronomia, do Sistema Confea/Crea/Mútua) a discussão dividida em três temas: ética, legislação e fiscalização, contou com discussões acirradas sendo tratado entre outros pontos, a Lei 4950A (Piso Salarial) e a PL6765/2013 (ex PL 356/13 que tramitou no Senado, já aprovada) e que agora tramita na Câmara Federal. |A cerca desse assunto, foi tirada uma diretiva do CBA, aprovada pela maioria dos estados da federação, lida e aprovada na Plenária Final.
Infelizmente, não pude participar de toda Plenária Final em função do Confea ter emitido minha passagem de retorno em horário que me impossibilitou ficar até o final dos trabalhos.
O Congresso foi rico de eventos, discussões e propostas e, a Carta de Cuiabá servirá de norte para a atual Diretoria da Confaeab traçar seu planejamento, em consonância com seu Plano de Trabalho, para 2014 e 2015. Antecipando o CBA, houve reunião das Coordenadorias de Câmaras Especializadas de Agronomia/Cceagro (18 e 19/11) e também um Plenária da Confaeab. Na Plenária, as associações de eng. agrônomos presentes definiram o Paraná, Cidade de Foz de Iguaçu, como o local do próximo CBA (XXIX CBA), deixando ainda, o indicativo do XXX CBA ser realizado em Fortaleza-CE.
Comentar
Maria Helena,
Ótimo relato do CBA!
Assim vamos formando um quadro mais amplo e colaborativo das descrições do Congresso compartilhando na Rede Agronomia
abração
Obrigado Leonel! Aos poucos vamos colocando na Rede o que aconteceu no CBA. Assim, os colegas que não tiveram a oportunidade de estarem presentes poderão se inteirar das discussões e compartilhar conosco o que ocorreu no evento.
E, viva a Agronomia com toda sua pluralidade!
Helena Araújo.
Cara amiga Helena,
Fantástico o seu relatório!!!
O CBA foi realizado com enorme sucesso!!!
Saudações agroambientais,
Leonel
Bem-vindo a
Rede Agronomia
© 2022 Criado por Gilberto Fugimoto.
Ativado por
Você precisa ser um membro de Rede Agronomia para adicionar comentários!
Entrar em Rede Agronomia