agricultura (24)

AQUECIMENTO GLOBAL E PRODUÇÃO AGRÍCOLA

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Terminou ontem em Glasgow, na Suécia, a Conferência do Clima, ou COP-26 e, como era de se esperar, os vegetais representados pelas florestas, foram apontados como os vilões das emissões de gases do efeito estufa. O compromisso político de parar o desmatamento e reverter a degradação florestal em 2030, que envolve quase US$ 12 bilhões, 124 países e perto de 90% das florestas mundiais, está sendo considerado um dos grandes êxitos da COP-26.

A culpa que nos cabe, nesse latifúndio

As atividades agrícolas que mais liberam gases de efeito estufa para a atmosfera são o desmatamento, a queima de biomassa, a degradação e a superexploração de pastagens, a mecanização do solo (como gradagem e aração) e a emissão de dejetos orgânicos.

A agricultura, o aquecimento global e os danos que as mudanças climáticas devem causar na produção agrícola mundial compõem um importante ciclo de causas e efeitos relacionados.

Por um lado, a agricultura é uma das responsáveis pelo aumento de temperatura: as emissões do setor, somadas ao desmatamento para a conversão de terras para o cultivo, representam algo entre 17% e 32% de todas as emissões de gases do efeito estufa provocadas por atividades humanas. É o que dizem cálculos independentes de Pete Smith, da Universidade de Aberdeen (Reino Unido), um dos autores do capítulo de agricultura do relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas). (1)

(Uso da terra na Mata Atlântica alimenta o efeito estufa, O Globo, 3.11.2021, pág. 11).

Na região que concentra 80% do PIB, agropecuária emite mais gases do que a queima de combustíveis fósseis, segundo a jornalista Cleide Carvalho. As atividades agropecuárias e o desmatamento, somados, são os responsáveis por metade do total de emissões de gases do efeito estufa da Mata Atlântica, segundo estudo de uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola e o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, iniciativa do Observatório do Clima. (2)

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A queima de combustíveis fósseis responde por 37% das emissões.

Mesmo no bioma que reúne 80% do PIB brasileiro, o uso da terra ainda é o principal problema, diz Luís Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da SOS Mata Atlântica.

Com um desmatamento de 115 milhões de hectares, a Mata Atlântica é hoje o segundo maior responsável pelas emissões de gases do efeito estufa no Brasil, com 23% do total, atrás apenas da Amazônia (39%), seguido pelo Cerrado (20%).

Especialistas dizem ser possível tornar o uso da terra neutro em emissões a partir de 2042. Isso dependeria de políticas públicas e do compromisso dos setores produtivos com a meta de desmatamento zero em 2030, práticas de baixa emissão de carbono na agropecuária e a restauração de 10 milhões de hectares de florestas até 2050.

No período do estudo, de 2005 a 2050, a área a ser restaurada com floresta chegaria a 15 milhões de hectares, o equivalente a mais de três estados do Rio de Janeiro. Do total desmatado, ao menos 5 milhões já foram regenerados e se tornaram mata secundária.

Áreas da Mata Atlântica mantêm 20% do rebanho bovino brasileiro. Segundo Guedes Pinto, é possível reduzir a área de pasto de 37 milhões para 21 milhões de hectares, com aumento do rebanho, e expandir a área agrícola de 17 milhões para 25 milhões de hectares, com aumento de produtividade, até 2050. Podemos produzir muito alimento, aumentar a renda e restaurar florestas.

REF.:

[1] Aquecimento global e produção agrícola do Brasil, Agritempo.

https://www.agritempo.gov.br/climaeagricultura/causa-e-efeito.html

[2] O Globo

https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/mata-atlantica-desmatamento-agropecuaria-respondem-por-metade-das-emissoes-de-gases-25261687

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AGRICULTURA DIGITAL

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O artigo de capa da revista Globo Rural, que está nas bancas (N.426, Maio 2021), é oportuno na crise que passamos pela intromissão (ou tentativa) de outras carreiras do campo nas atividades rotineiras da Engenharia Agronômica.

A atualização do mercado de trabalho deve passar pela renovação dos currículos dos cursos tradicionais do agronegócio, na opinião de Arlindo Curzi, CEO da Verde Campo, empresa da Coca Cola Company.

Por outro lado, César Braga, Engenheiro Agrônomo e head hunter na Hub Talent, diz que “A capacidade analítica e de traduzir dados em tomada de decisão [como fazem os Sistemas de Informação Geográficos ou SIGs (a observação é minha)] também estará cada vez mais presente”, ao ressaltar que isso será cada vez mais demandado, dentro e fora da porteira. Não por acaso, a área de tecnologia, que ele também chama de “digital farming”, ainda tem dificuldades em contratar bons profissionais, que cruzem conhecimento tecnológico e sólida experiência no agronegócio.

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O aumento das tecnologias agrícolas digitais traz uma grande quantidade de novos dados para os agricultores. Sensores remotos, satélites e drones podem monitorar a saúde das plantas, as condições do solo, a temperatura, a utilização de fertilizantes e muito mais. As ferramentas baseadas em Inteligência Artificial podem analisar essa enorme quantidade de dados em alta velocidade e canalizá-los de volta aos agricultores na forma de informações úteis, ajudando-os a tomar decisões críticas, oportunas e em tempo real. (1)

A sustentabilidade na agricultura pode ser alcançada através do uso adequado de dados na tomada de decisões. De fato, a digital farming é considerada uma ramificação da análise de dados e da matemática. A cada dia, os agricultores enfrentam uma série de variáveis ​​que vão da diversidade na composição do solo à mudança no clima. Tais variações precisam de uma análise adequada para que a prática agrícola correta seja implementada. A agricultura inteligente, que enfatiza o uso de Big Data na tomada de decisões, pode ajudar a lidar com alguns desses problemas de maneira adequada e a alcançar quaisquer metas de produção definidas.

Novos negócios no campo

Pilotos de campo (drones), desenvolvimento de softwares, mapeamento de áreas e monitoramento de animais, abrem oportunidades a Engenheiros Agrônomos e empreendedores.

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O aumento no uso de drones na agricultura, por exemplo, valoriza a nova profissão de Pilotos de Campo, cuja atividade será regulamentada em breve pelo Ministério da Agricultura (MAPA).

Biometria no pasto

Não só a agricultura se beneficia dos avanços da informática. Fabrício e Vanessa, cientista da computação e analista de sistemas, respectivamente, desde 2013 numa fazenda de gado em Mato Grosso do Sul, tentam mudar a tecnologia de brincos pela de reconhecimento facial do boi (com o uso de câmeras convencionais, como as usadas em monitoramento para a segurança de residências), como já se faz em humanos.

 

REF.:

[1] A era da Digital Farming: como a agricultura pode se tornar mais sustentável com a tecnologia, Atech, 2020.

https://atech.com.br/a-era-da-digital-farming-como-a-agricultura-pode-se-tornar-mais-sustentavel-com-a-tecnologia/

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DIA DA AGRICULTURA

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Sendo assim, como SOMOS TODOS APRENDIZES, a minha homenagem aos Agricultores, Engenheiros Agrônomos e demais profissionais dedicados à produção de alimentos, no campo.

A melhor forma de valorizar o homem do campo, é assistir na TV Bandeirantes a um episódio da série Largados e Pelados ("Naked and Afraid") do canal Discovery Channel, onde um casal especializado em sobrevivência, pelados e apenas com um facão, procura sobreviver em local inóspito por 21 dias seguidos.

É a oportunidade de imaginar o que foi a vida dos nossos antepassados (chamados comumente de "o homem das cavernas"), para beber água potável, fazer fogo girando um pauzinho sobre o outro, conseguir alimento, se defender do ataque dos mosquitos e outros animais silvestres e lutar contra a solidão.

No episódio desta semana, a mulher não resistiu nem 4 dias ao assédio dos mosquitos, e o homem teve de ser hospitalizado aos 10 com sintomas de envenenamento, por não ter resistido à fome e comido um frutinho verde que não conhecia.

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A agricultura é uma das áreas mais antigas que se tem registro e o papel que as tecnologias inovadoras desempenham na agricultura é indispensável para o setor.

Os agricultores aproveitam as inovações emergentes de uma forma muito eficaz.

Eles estão a todo o momento adotando novas tecnologias para melhorar suas operações e atender os consumidores com mais eficiência e agilidade.

Em uma escala menor, ferramentas como um carrinho de mão ou um trator pequeno ainda podem ser utilizados para uma ampla gama de serviços.

Porém, a indústria agrícola em geral está sendo muito impactada com o desenvolvimento de alta tecnologia, os exemplos a seguir demonstram apenas algumas das maneiras pelas quais os agricultores de hoje estão utilizando as ferramentas e tecnologias novas.

1.  SENSORES DE COLHEITA

A Internet das Coisas (IoT) simplesmente se refere a dispositivos que estão interligados em uma rede, como termostatos inteligentes e monitores de condicionamento físico.

Alguns dos novos dispositivos de IoT são exclusivamente utilizados na agricultura.

Por exemplo, alguns agricultores adotaram o uso de sensores baseados em IoT para monitorar condições como a umidade do solo.

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Sensores Gravimétricos- Fonte: USP

Esses dispositivos fornecem regularmente aos agricultores informações importantíssimas sobre as condições do solo como umidade e temperatura.

Isso os ajuda a realizar escolhas de culturas ideais para as condições do solo potencializando o rendimento.

Um dos benefícios oferecidos pela IoT no agro é o aumento da rentabilidade devido à atenção dada a cada talhão da fazenda e da redução de custos que acontece por meio da diminuição de gastos com as aplicações, insumos e tempo.

Além disso, os aplicativos podem ser acessados em todos os lugares que possuírem Internet disponível e o atendimento pode ser feito por e-mail e/ou Whats App, etc.

Como funcionalidade de alguns aplicativos estão presentes mapas de chuva da fazenda, por talhão, para que o produtor possa planejar atividades futuras e entender os resultados atingidos e informações meteorológicas.

Além disso, os aplicativos podem oferecer planejamento para aplicações de insumo (ver aqui a plataforma), planejamento total de maquinário e planilhas com histórico de colheitas.

Outros benefícios são as informações sobre a temperatura do local, volume de chuvas e umidade do solo nas três profundidades da raiz. Por fim, relatórios periódicos são enviados ao produtor.

Estes, mensalmente e ao término da safra abrangem a performance da irrigação e condições monitoradas.

 2. DRONES

Os drones também estão transformando a forma como os profissionais da agricultura trabalham.

Um agricultor que possuir uma grande área de terra necessita de uma maneira eficiente para apurar visivelmente as condições de suas culturas.

Com drones, eles conseguem gerar imagens aéreas de suas propriedades com diferentes sensores embarcados que detectam falhas de semeadura/plantio, pragas e doenças.

Desta forma, os drones também permitem que os agricultores tomem decisões mais rápidas, garantindo a prevenção de perdas.

3. SISTEMAS DE GESTÃO E MONITORAMENTO AGRÍCOLA

Muitos fatores interferem no sucesso de uma fazenda.

Um agricultor necessita monitorar as condições das safras, programar a realização do plantio e da colheita, priorizar as tarefas diárias e as de longo prazo, e muitos outros processos.

Imagens NDVI- Índice de Vegetação da Diferença Normalizada da Plataforma Agrointeli.

Sistemas de gerenciamento de fazendas facilitam muito esse processo de gestão.

Reunindo todas as informações necessárias em um único aplicativo, um agricultor pode realizar e manter seus planos com muito mais facilidade do que era antes.

Isso é particularmente útil em grandes fazendas com muitos funcionários.

Utilizar um aplicativo para certificar que todos entendam suas metas em geral e as de curto prazo, ajuda a manter todos os funcionários em suas tarefas.

4. MONITORAMENTO DE PRECISÃO

Os agricultores precisam buscar regularmente novos suprimentos para continuarem trabalhando de forma eficaz.

Tudo, desde equipamentos e até mesmo combustível para estes equipamentos, desempenham um papel importante nas operações de uma fazenda.

Com a tecnologia de monitoramento de precisão, os agricultores podem definir com mais precisão quando os principais suprimentos estão terminando.

Isso significa que eles conseguem realizar novos pedidos antes de esgotarem totalmente um determinado recurso.

O monitoramento climático é o principal fator responsável por todas as operações na fazenda. Atualmente, a utilização de plataformas que realizam esse monitoramento de temperatura, umidade relativa do ar, pluviometria, velocidade e direção do vento oferecem dados aos agricultores para a tomada de decisão durante as atividades de plantios, pulverizações e colheitas.

Mapas NDVI que geram informações do índice de vegetação da diferença normalizada podem oferecer diagnósticos da sanidade das plantas.

Mapeamento de Precisão

 

5. CULTURAS HÍBRIDAS

Os pesquisadores produziram várias culturas híbridas que oferecem vantagens genéticas que as culturas tradicionais não realizam.

Por exemplo, variedades híbridas de milho demostraram utilizar o nitrogênio mais eficientemente, fazendo com que eles produzam mais grãos que o milho sem essa tecnologia.

Os agricultores que utilizam esses híbridos podem gerar mais alimentos sem que ocorra a necessidade de mais terras.

Estas cinco tecnologias são apenas alguns exemplos inovadores que vem transformando a indústria agropecuária. Mais uma vez, os produtores de carne e grãos têm usufruído das inovações que surgiram desde o início da própria agricultura.

À medida que novas tecnologias surgirem, elas provavelmente encontrarão também usos inteligentes nessa área.

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Rastreabilidade de Agrotóxicos SC

Santa Catarina Promove Monitoramento Resíduos Agrotóxicos em Alimentos

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Em reunião on line realizada entre a Confederação de Engenheiros Agrônomos do Brasil - Confaeab, Federação dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina - Feagro e engenheiros agrônomos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - CIDASC, fomos apresentados ao Programa Estadual de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos.

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Leis Não Impedem Acidente

Como histórico, apesar da legislação estadual de agrotóxicos datar de 1998 com a Lei Estadual nº 11.069/1998, apenas em 2005, com o decreto estadual nº 3.657 / 2005 é que iniciaram-se ações políticas efetivas no controle do uso, comercialização e consumo de agrotóxicos em Santa Catarina. Atualmente está em vigor o Decreto nº 1.331/2017 que substituiu o decreto de 2005.

Entretanto, a existência da legislação, não impediu a ocorrência em 2009 de um acidente com deriva de agrotóxico na região da grande Florianópolis, que gerou uma ação do Ministério Público de Santa Catarina. Desde então o MP SC tem sido um ator importante, coordenando ações para cumprimento e adoção de políticas de prevenção à contaminação por agrotóxicos. 

Mais que cobrar, o MP SC coordena o Programa Alimento Sem Risco (PASR) E chegou a custear, através do Fundo de de Recuperação de Bens Lesados, a análise de 500 amostras por ano em alimentos, desde 2011, em colaboração com a CIDAS, EPAGRI, CEASA e demais órgão públicos. 

Como esperado a coleta sistemática de alimentos acabou evidenciando inconformidades, mas sua implantação caminhou no sentido de promover a inclusão dos envolvidos muito mais que a punição ou exclusão dos produtores, entendendo que o processo de implantação promove uma mudança de cultura no modo de produção de muitos produtores rurais. 

Produto com Nome e Sobrenome

Desde 2017, o Estado de Santa Catarina conta com o Programa de Indicadores do Governo de SC, que criou um voltado à Conformidade dos Alimentos, que envolve medir resíduos de agrotóxicos.  

A esse ambiente favorável ao controle da qualidade dos alimentos somou-se o recente Programa de Indicadores do Governo de SC, que criou um indicador voltado à Conformidade dos Alimentos, que envolve medir resíduos de agrotóxicos.


E a fim de complementar e continuar o Programa Alimento Sem Risco, o poder público via pasta da Agricultura, recentemente permitiu levantar recursos do Fundo de Desenvolvimento Rural no valor de R$ 1,2 milhões para desenvolver o monitoramento e controlar a qualidade dos alimentos em relação aos resíduos de agrotóxicos, identificar fontes de contaminação de polinizadores, e fiscalizar insumos ofertados aos agricultores catarinenses a fim de coibir o comércio e uso de agrotóxicos falsificados e sem registro junto ao órgão federal.

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Desafio de Controle do Lote

Desafios do Atual Programa

O atual programa analisará 900 amostras de monitoramento de produtos de agricultura convencional e orgânica usando técnica multiresíduos, totalizando 290 diferentes ingredientes ativos de agrotóxicos. Além disso, 50 amostras de insumos comerciais serão analisandos para aferir resíduos de agrotóxicos e outras 50 para análises de mortalidade de polinizadores, pois SC é o maior exportador de mel do país. 

Há ainda análise sobre eventuais falsificações de insumos, como fertilizantes e agrotóxicos. 

O total do programa deve consumir R$ 1,2 milhões anuais, sendo que o primeiro ano de implantação, as despesas com investimentos devem atingir R$ 1,8 milhões, com sistemas de informação para tabulação e divulgação dos resultados. 

Dentre os desafios para aperfeiçoamento do programa, é garantir o controle da rastreabilidade a nível de LOTE do produto, garantindo sua identificação e rastreabilidade com conferência em caderno de campo claramente documentado inclusive quanto à regularidade de assistência técnica e aplicação de agrotóxicos com o devido Receituário Agronômico

Além disso, internamente o Sistema de Controle gerenciado pela CIDASC, o SIGEN+, busca aperfeiçoamento no cruzamento de dados entre o Receituário emitido e a venda do produtor, e no futuro com a rastreabilidade dos alimentos. Embora seja uma consequência lógica, sua implementação demanda uma reforma complexa, trabalhosa e onerosa de sistemas e dados. 

Receituário Agronômico e Valorização Profissional

Um programa consistente de controle de resíduos de agrotóxicos, que garanta seriedade na emissão de Receituário Agronômico e consequente aplicação de agrotóxicos atrelada à Assistência Técnica Agronômica ao produtor rural é um esforço público e coletivo de valorização profissional que abre espaço de trabalho para o engenheiro agrônomo e promove maior rentabilidade e produtividade ao produtor rural. 

Uma política pública em que todos - profissionais, produtores e sociedade - saem ganhando.

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COMO FIDELIZAR CLIENTES NA CONSULTORIA AGRONÔMICA

Nas diferentes regiões agrícolas do Brasil, ainda hoje, a assistência técnica e consultoria agronômica fica, predominantemente, a cargo de Engenheiros Agrônomos e Técnicos Agrícolas vinculados a revendas agropecuárias de insumos em geral.

Porém, existe hoje a necessidade de um profissional independente cujos rendimentos estejam associados à consultoria em si e que ofereçam outros serviços), como análises de solo, cálculo de adubação, recomendação de adubação instalação de sistemas da agricultura de precisão.

Se você é um desses profissionais ou empreendedores, deseja que qualquer produtor ou empresa que demande de seus conhecimentos e expertise retorne posteriormente para a solução de novos problemas e divulgue a sua qualidade para outros clientes potenciais.

Porém, isso não depende apenas de que você ofereça um bom produto ou serviço, embora qualidade seja fundamental.

Não se esqueça que o seu cliente recebe ofertas e investidas de outros profissionais e que, por mais que você seja bom, existem muitos outros profissionais competentes por aí.

As investidas da concorrência muitas vezes acontecem na forma de oferecimento de preços mais vantajosos para os mesmos serviços.

Isso pode, por um lado, selecionar as melhores relações custo/benefício no mercado, mas, também, levar produtores desavisados a deixarem os profissionais mais preparados de lado que, por óbvio, recebem mais pelo seu tempo em visita à propriedade.

As investidas da concorrência muitas vezes acontecem na forma de oferecimento de preços mais vantajosos para os mesmos serviços.

Isso pode, por um lado, selecionar as melhores relações custo/benefício no mercado, mas, também, levar produtores desavisados a deixarem os profissionais mais preparados de lado que, por óbvio, recebem mais pelo seu tempo em visita à propriedade.

Imagine um produtor que paga R$ 5.000,00 reais a mais pela visita de um consultor especialista em sua área de soja e, por conta desse investimento, reduz o seu consumo de insumos em 5% e eleva a sua produtividade em 5%.

Pela extensão das áreas de soja e pela alta demanda por insumos da cultura, facilmente o ganho do produtor será muitas vezes superior àquilo que ele investiu em um melhor profissional.

Por isso, é preciso unir a sua capacidade de resolver problemas e agregar valor com uma estratégia que permita a construção de vínculo real entre a sua marca e o produtor.

Isso é o ponto central da fidelização, que acontece efetivamente quando você aplica os pontos a seguir em sua relação com os clientes em fidelização.

1. VISITAS TÉCNICAS COM PERIODICIDADE

Muitos profissionais, especialmente aqueles ligados a revendas, fazem visitas errantes e passam a impressão que estão preocupados unicamente em “fazer número” e não em resolver, de fato, os problemas do produtor.

A solução para isso é fazer visitas técnicas periódicas, dando atenção à complexidade que o problema de seu cliente merece.

Organize a sua agenda! Produtores de grãos, com áreas extensas e fazendas isoladas em regiões remotas do Cerrado, por exemplo, talvez mereçam metade de um dia ou um dia inteiro de sua agenda quinzenal.

Caso você atenda em sistemas produtivos caracterizados por áreas bem menores, como HF, para as viagens valerem a pena você pode atender um conjunto de clientes próximos em um mesmo projeto ou região agrícola durante um dia.

Isso mostrará a sua preocupação com o sucesso de outros e a sua marca, sempre presente, passará a ser parte do próprio sistema produtivo e da história local.

2. VISITAS TÉCNICAS EXTRAORDINÁRIAS

A agricultura é uma atividade que sofre influência de múltiplos fatores biológicos, climáticos e edáficos, de forma que, no intervalo entre visitas, a área produtiva do seu cliente pode ser colocada sob ameaça.

Obviamente, você não pode esperar a data da próxima visita, pois um ou dois dias podem ser fatais para a produtividade e a qualidade.

Por isso, estabeleça uma estrutura que lhe permita atender extraordinariamente os seus clientes com problemas e, ao mesmo tempo, não deixe de atender aqueles já agendados à sua espera.

O que fazer, então? Tenha, em sua equipe, um calendário geral de plantões.

Ou seja, cada profissional terá um dia diferente ou uma parte de um dia para ficar disponível para qualquer demanda imprevista dos clientes da empresa.

Isso dará a seus clientes uma sensação de que eles podem contar com a sua marca nos momentos mais difíceis e os vínculos se tornarão mais estreitos.

3. SE ESPECIALIZE

Tentar fazer tudo é correr um grande risco de ter resultados medianos na maior parte das funções às quais se propõe.

Então, escolha o seu ramo! Dentro da Agronomia, o seu escritório pode se especializar em nutrição vegetal, em proteção fitossanitária, em agricultura de precisão ou no sistema de produção de uma ou duas culturas, por exemplo.

Escolha bem a sua área de especialização e monte a sua equipe de acordo.

Isso reduzirá significativamente os seus insucessos e, mais uma vez, a imagem que ficará para o cliente é que a sua marca é confiável e você é aquele que solucionará satisfatoriamente uma gama de problemas dentro do seu escopo de atuação.

Caso sujam problemas fora de sua expertise, não hesite em recomendar profissionais parceiros de sua confiança. Isso reforçara o seu networking e, certamente, você será recomendado também, em outras situações.

Vale salientar que o objetivo em todas as etapas é o estabelecimento de vínculo entre cliente e consultor e que, obviamente, esse vínculo precisa ser verdadeiro.

A empresa de consultoria deve estar verdadeiramente interessada no cliente, pois o sucesso dele implicará diretamente no sucesso de todas as subdivisões nas cadeias do agronegócio.

Na verdade, o interesse pelos atores do agro deve ser estimulado como parte definitiva dos valores de qualquer empresa do ramo.

Pois somos todos diretamente responsáveis pelo setor da economia que está fazendo o Brasil despontar internacionalmente e tem a missão de elevar a prosperidade dos brasileiros a níveis nunca imaginados no passado.

Pense, de verdade, dessa forma!

Além dos três pontos relacionados à criação de vínculos com o cliente, existem outros pontos de natureza técnica e relacionadas à visibilidade e ao marketing que também merecem atenção:

4. USE AS REDES SOCIAIS A SEU FAVOR

Com a crescente disponibilização de internet nas áreas mais remotas do interior do Brasil, as redes sociais fazer parte de todo o dia da maioria dos produtores (potenciais clientes) e não apenas nos momentos de estadia ou passagem pelas cidades.

Por isso se faça presente em grupos de discussão voltados para o setor e tenha páginas profissionais no Facebook, Instagram e LinkedIn, só para citar algumas.

Fotos, vídeos e anúncios podem mostrar ao produtor algo que está precisando, ou que faria muita diferença, mas ele não sabia.

Se vocês tiver um orçamento sobrando, pode procurar profissionais para gerenciar suas redes sociais no Workana. 

5. EXPANDA SEU NETWORKING

Estabeleça boas relações com outros profissionais e com outras empresas e use o LinkedIn, eventos, workshops para apresentar o que há de melhor em seu trabalho e atrair recomendações e procuras para a sua equipe.

6. APRENDA A VENDER E GERAR VALOR NA SUA CONSULTORIA AGRONÔMICA

A experiência te ensinará muitas coisas. Mas, em todo caso, procure bons cursos e treinamento com profissionais confiáveis e que realmente entendam das melhores técnicas de vendas.

Negociar, se aproximar e apresentar as vantagens de um serviço são habilidades que podem ser aprendidas, treinadas e expandidas.

Esse é processo vendas que trabalhamos aqui na agrointeli.

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Processo de vendas de consultoria agronômica.

7. SAIBA PRECIFICAR

Outra habilidade que pode e deve ser aprendida e praticada dentro das técnicas de venda. Um preço adequado permite que você lucre, que o cliente se sinta satisfeito e que a sua imagem como profissional se estabeleça.

A melhor forma de você iniciar uma precificação é saber o quanto os seus concorrentes cobram. E a melhor forma de descobrir isso é ligando para eles e perguntando o preço. Simples e objetivo.

8. CONQUISTE PARCEIROS

A necessidade de especialização tornará fundamental que você conquiste parceiros em áreas complementares e afins.

Por exemplo, se você é um consultor fitossanitário, poderá ter parcerias com empresas aplicadoras de agrotóxicos, para a execução de projetos e serviços.

Dessa forma, além do diagnóstico e recomendação, você ofereça a seu cliente uma outra equipe profissional que aumentará a eficiência de aplicação dos produtos.

Essas parcerias te trarão, sem qualquer esforço, uma série de projetos e serviços através de indicação e negociação para trabalho em conjunto.

Agrointeli tem uma plano de parcerias para consultorias agronômicas. Clique aqui e preencha seus dados para vermos como podemos te ajudar.

9. INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA E AGRICULTURA DIGITAL

Consultores vinculados a plataformas da agricultura de precisão conseguem fornecer a seus clientes um serviço facilitador de tomada de decisão e uma ferramenta que permite a identificação prévia de problemas sérios que podem comprometer o lucro dos clientes.

Por mais que um consultor seja tecnicamente preparado, sem o suporte de algumas ferramentas, o seu sucesso pode ficar limitado ou mesmo impedido.

Agrointeli permite que consultores acessem informações de alto valor a respeito dos talhões de seus clientes, de maneira

prática, na palma da mão e atualizadas.

Acesso a informações, a nível de talhão, facilitam a identificação de problemas e a tomada de decisões por parte dos consultores.

Agrointeli consegue organizar todos os dados de campo em um único lugar, te permitindo saber tudo o que ocorreu entre o plantio e a colheita, por talhão de cada cliente.

A Agrointeli, ainda, te permite rastear as operações de funcionários da fazenda e, por meio da funcionalidade de comparações de safras, torna-se possível comparações entre safras passadas e onde erros e acertos ocorreram.

CONCLUSÃO

Assim, o sucesso de seu nome no competitivo mercado da consultoria agronômica depende, basicamente, de periodicidade nas visitas, da presença nos momentos críticos, da especialização e da observância de alguns princípios gerais aplicáveis para serviços de consultoria de maneira geral.

Isso garantirá a fidelização de bons clientes.

Aplique esses princípios e procure saber mais.

Saiba mais…

Dra. Primavesi nos ensinou como praticar a agroecologia pesquisando, divulgando e adotando o SISTEMA PLANTIO DIRETO desde que seus três princípios básicos sejam respeitados. Deixar de arar o solo significa começar a AMAINAR o solo com raízes ativas e profundas e solo sempre coberto. Pode ser usando uma simples matraca ou um pulverizador de tração humana. Pode ser com insumos orgânicos. Sempre usando os conhecimentos agronômicos adquiridos na universidade onde se ensine todo o conhecimento sobre solos tropicais.   

matéria publicada em AEARJ OFICIAL - RUMO AO CBA 2019    https://www.facebook.com/aearjoficial/

A política de avestruz na agricultura 

Agroecologia é agricultura orgânica? Por que tem outro nome? 
https://www.facebook.com/anamariaprimavesi/photos/a.3320032941365140/4451936638174759/?type=3&theater ;

A resposta é porque a agricultura orgânica ainda permanece com o enfoque da agricultura convencional. Ela simplesmente troca os agentes químicos por orgânicos, deixa correr as causas e somente combate os sintomas. Ela pode ser ecológica mas também pode ser cem por cento anti ecológica, e as receitas que ela obriga a obedecer através de suas normas, são praticamente todas do clima temperado e têm pouca vantagem no clima tropical, a começar pelo composto, que é enterrado, seguido pelo combate de pragas e doenças e à produção de produtos biologicamente inferiores.

A agroecologia tem um enfoque holístico. Vê os ciclos e sistemas naturais que tenta manejar. Por exemplo: erosão, enchente e secas têm sua razão na perda de porosidade da superfície do solo. Portanto, não os combate por curvas de nível, microbacias, barragens, retificação dos rios e irrigação, mas conserta onde o ciclo da água foi interrompido, isto é, na superfície do solo, que se tornou impermeabilizado e estéril pela falta de matéria orgânica.

A agroecologia não fornece receitas, ela fornece conceitos.

1. A matéria orgânica serve para agregar o solo. Por exemplo: a agricultura orgânica dá a receita de como fabricar o composto e o aplica em lugar do adubo químico. Para ela, o composto é fertilizante em forma orgânica. A agroecologia pergunta: o que o composto faz no solo? Ele deve agregá-lo formando poros que permeabilizam sua superfície. Portanto, não necessita ser composto mas pode ser qualquer material orgânico, a partir de restolhos e palha até a adubação verde. O que cada um vai aplicar depende das possibilidades de cada propriedade.

O composto é adubo em forma orgânica? Não, ele fornece nutrientes no fim de sua decomposição, mas isso é uma espécie de brinde. Ele deve permeabilizar o solo para a água, o ar e as raízes.

2. Um sistema radicular extenso e profuso abastece a planta com os nutrientes necessários e ao mesmo tempo dá acesso à água armazenada em camadas mais profundas. Neste sentido o pior que pode acontecer é que se forma uma laje em pouca profundidade. E esta sempre se forma quando o solo é desprotegido contra o impacto de chuva. Mas também o sistema radicular permanece pequeno, muitas vezes atacado por nematoides, quando faltar boro. O boro deficiente quase em todos os solos da região do cerrado é essencial para todas as culturas.

3. A proteção da superfície do solo é fundamental, seja ela por uma cobertura morta, um plantio adensado, a consorciação de culturas ou mesmo uma lona plástica.
O solo não somente mantém sua estrutura granular mas ao mesmo tempo é mais fresco. Acima de 32 graus C, a planta não consegue mais absorver água. E se uma laje confina a raiz à camada superficial, durante as horas quentes do dia a planta não consegue absorver água. E em solo sombreado a planta necessita de menos nutrientes, especialmente menos cálcio, zinco e boro. Sabe-se, por exemplo no cacau, que árvores sombreadas têm muito menos doenças do que estas em pleno sol.

Portanto, a agroecologia não trabalha com normas mas fundamentalmente com o solo segundo a antiga sabedoria: Solo doente- Planta doente-Homem doente.

Somente em um solo sadio crescem plantas sadias porque aqui recebem todos os nutrientes que necessitam para formar todas as substâncias a que são geneticamente habilitadas. Estas substâncias não são necessárias para produzir grãos ou frutas, mas elas dão sabor, odor e valor nutritivo que atualmente os produtos convencionais não possuem mais. 

A planta que não consegue formar proteínas, mas permanece nos aminoácidos, não forma açúcares de maior peso molecular ou graxos de estrutura complexa e sempre estará sujeita ao ataque de fungos, bactérias, vírus e insetos que existem para decompor o que é fraco, doente, velho e morto para que o jovem e vigoroso possa prosperar. Todos os organismos de decomposição são programados por enzimas para determinadas estruturas químicas. Quando as plantas são atacadas porque já são doentes e elas permanecem doentes, mesmo se os insetos ou microrganismos foram controlados ou mortos como mostram as fotografias Kirlian. 

(Ver foto: um gladíolo tem sua energia perdida, com as luzes na vertical mostrando a saída da energia da planta. Ana realizava experiências com a máquina Kirlian e mostrava essas fotos em suas palestras). 

Como tudo na natureza, também os nutrientes existem em determinadas proporções e se estas forem desequilibradas, por exemplo, por uma adubação elevada de nitrogênio ou um excesso de fósforo, os nutrientes relativos entram em deficiência e a planta pode ser atacada por insetos ou microrganismos. Este desequilíbrio também pode ser provocado por defensivos, como maneb, zineb ou organoforforados ou mesmo por “produtos orgânicos” como calda sulfocálcica ou a calda bordalesa. 

Assim, na agroecologia não se procura combater o “parasita” mas sim nutrir melhor a planta. Podemos dar como exemplo o aparecimento dos ácaros. Estes somente aparecem em plantas ou árvores com aminoácidos livres e um acúmulo de açúcares redutores. Quando tratado com calda sulfocálcica, os ácaros morrem mas aí aparecem as cochonilhas. Na agroecologia, tenta-se restabelecer a proteossíntese e transformar esses açúcares de baixo peso molecular. Ou quando aparece a lagarta do cartucho no milho, é porque está faltando boro. A agricultura convencional planta milho Bt para matar as lagartas; na agroecologia se aduba o milho com boro e ela desaparece.
As variedades transgênicas, tanto as RR como Bt continuam com enfoque temático, combatendo sintomas e tentando matar tanto invasoras como parasitas. Porém elas não modificam a situação indicada pelo parasita ou invasor. Assim, o milho Bt, embora limpo das lagartas do cartucho (Spodoptera frugiperda) continua deficiente em boro, a soja RR, embora limpa de invasoras (como a leiterinha ou amendoim-bravo) que indicou a deficiência de molibdênio, continua com a deficiência, mostrando um número de vagens reduzidas bem como seu número de grãos. 
Isso tudo mostra que as variedades transgênicas são livres de parasitas e invasoras, porém os problemas continuam e são somente encobertos. Portanto, não são uma medida para aumentar a produção, mas são somente uma política de avestruz não querendo ver os problemas, que resultam na decadência avançada dos solos, especialmente provocados pela aração profunda e as elevadas quantidades de NPK que desequilibram os outros nutrientes das plantas, causando-lhes doenças.

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Protesto no MAPA RJ

Funcionários do MAPA Protestam à Nomeação de Superintendente

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O motivo do protesto é a substituição do Engenheiro Agrônomo Antonio Carlos Marques de Medeiros pelo Senho José Essiomar, comerciante, com escolaridade de nível médio, ex-vice-prefeito de Angra dos Reis. 

A nomeação está sendo vista como descaso entre os servidores que contraria o Decreto 8.762/2016 que prevê  que o cargo de Superintendente Federal de Agricultura seja ocupado exclusivamente por servidores efetivos do quadro de pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os quais deverão possuir, no mínimo, curso superior completo.

Afinal, como era mesmo aquela estória de meritocracia tão propagada pelo atual governo interino?

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Fazendo presença no Boulevard Olímpico

Caminhando em pleno Boulevard Olímpico ao lado do maior painel de grafite do mundo, do Museu do Amanhã e do VLT, faixas no prédio do MAPA RJ divulgam para todos os presentes a insatisfação dos funcionários com uma nomeação que aponta para o descaso da Superintendência e desvalorização dos profissionais de nível superior.

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  Colegas de Rede.

  Achei muito interessante o artigo anexo e repasso para vocês.

  Ele vem ao encontro de um artigo publicado na Revista Dinheiro Rural de Agosto de 2014, escrito por Carlos Henrique Nottar,  presidente do conselho diretor da Andav e intitulado: A maturidade gerencial da agronegócio.

 Nesse artigo o autor expressa "que o setor primário brasileiro ainda tem uma série de desafios não diretamente ligados à  atividade agronômica, como plantar e colher e que superá-los será a chave para se atingir patamares mais altos na produtividade agropecuária e na competitividade do agronegócio e que um desses pontos é a GESTÃO".

 Uma boa leitura!

  Abraços.

    Coutinho.

 

   Embrapa%20-%20novos%20desafios..Art%20%283%29.pdf

Os novos desafios da Embrapa

Zander Navarro e Eliseu Alves

 

Provavelmente ninguém discordará que a Embrapa simboliza uma das conquistas mais valiosas da sociedade e do Estado brasileiros. Após quatro décadas, é empresa que tem robusto acervo de conquistas associado à extraordinária transformação produtiva da agropecuária do País, ainda que as regiões rurais continuem marcadas por diversas e contraditórias faces.

De um lado, a agricultura brasileira ostenta a maior produtividade entre todos os países com relevância agrícola. Éramos corriqueiros importadores de feijão quando foi fundada a Embrapa, em 1973, mas atualmente exportamos uma variada cesta de produtos para quase duas centenas de países. Em termos reais, o valor da cesta básica caiu pela metade, assegurando melhores dietas aos brasileiros. Por tudo isso o Brasil, sem dúvida, é e será decisivo ofertante mundial de alimentos nos anos vindouros.

De outro, temos ainda muito a realizar. É provável que 40% dos estabelecimentos rurais não tenham nenhuma chance de permanecer na atividade, pois não conseguem gerar renda superior à que pode ser obtida no trabalho urbano. Convivemos com degradantes indicadores de pobreza rural, especialmente no Nordeste, e em todo o Brasil um terço dos produtores é analfabeto. O seguro rural cobre meros 14% da área plantada, tornando a atividade agrícola cada vez mais arriscada. Esses são alguns dos muitos fatos ameaçadores que talvez expliquem por que o campo se está esvaziando, envelhecendo e masculinizando - em face da generalizada "fuga de mulheres" para as cidades. Igualmente grave é o fato de o emprego rural estar caindo aceleradamente, substituído por mecanização e impulsionado pelas migrações.

Ante o mutante mundo novo que vai transformando as regiões rurais, a Embrapa depara-se com inéditos desafios, ainda sem respostas adequadas. Alguns são fatores externos e outros, injunções nascidas do fato de ser uma empresa estatal. Um desafio imediato decorre da fantástica riqueza atualmente gerada pela agropecuária, que produziu aproximadamente US$ 1 trilhão (exportações nominais) nos últimos 25 anos. Diante dessa fábula monetária, inúmeros agentes privados foram atraídos para os sistemas agroindustriais e passaram a produzir tecnologias para os produtores, complementando ou competindo diretamente com a Embrapa. Essa é uma tendência mundial e, neste contexto, onde e como se reposicionará a empresa pública de pesquisa agrícola? Concorrer diretamente com as firmas é impensável e insensato. Então, o que fazer? Caso não interaja virtuosamente com as empresas privadas ligadas à agropecuária, mantido o interesse público, a Embrapa poderá perder seu lugar como um dos motores da agricultura moderna.

Outra hesitação atual da empresa diz respeito ao modelo tecnológico que promoveu, nesses anos, o impressionante progresso da agropecuária brasileira. Estão se avolumando as ações operadas por ativistas motivados por uma palavra sedutora, porém nunca definida: agroecologia. Tais ações, contudo, são principalmente destinadas a combater a agricultura modernizada. É uma ofensiva incompreensível, pois se trata de um ataque à parte da economia que sustenta o Brasil há tantos anos. Impõe-se a defesa firme e vigorosa dos cânones científicos e da configuração tecnológica orientada para a sustentabilidade, o que vem permitindo ao País alçar-se ao panteão dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Um terceiro desafio está apenas nascendo, com a aprovação da Agência Nacional de Extensão Rural e a decorrente confusão entre inovações, pesquisa agrícola e sua transferência aos agricultores, induzindo a Embrapa gradualmente a assumir tarefas relacionadas à assistência técnica, uma das facetas da extensão rural. Há nessa tentativa um risco enorme, ameaçando o riquíssimo histórico de nossa pesquisa agrícola pública. Um fato é inegável: assistência técnica e pesquisa agrícola, quando muito, se complementam. Mas são atividades que exigem especialização e ignorar esse fato redundará em crescente ineficiência.

Internamente, a Embrapa defronta-se com dois desafios. Um deles diz respeito à forte substituição de seus quadros de pesquisadores, renovados por concursos em dois terços nos últimos dez anos. A empresa é atualmente impulsionada por uma geração de jovens pesquisadores com excelente formação acadêmica, mas desvinculados do passado quase épico que constituiu a empresa e a história rural do Brasil no último meio século. É necessário investir numa transição consistente entre as pioneiras gerações de pesquisadores e os jovens que vão chegando, aproximando-os das transformações atuais das regiões de produção agropecuária e, dessa forma, estimulando agendas de pesquisa que sejam coladas às realidades agrárias e produtivas. É tarefa urgente para a empresa. O outro desafio é mantê-la estritamente no campo da ciência. A instituição foi organizada sob o rigor de rituais científicos universais e a interferência de particularismos partidários e interesses políticos representa um perigoso freio no futuro da pesquisa.

Tudo somado, e sem citar outros desafios que mereceriam análise, a Embrapa defronta-se atualmente com uma complexa série de temas que exigem elucidação. Como se reestruturar no novo mundo que vai conformando as regiões rurais? É mudança que sofrerá a influência, como seria inevitável, das disputas eleitorais em curso. Espera-se que os candidatos analisem os obstáculos que precisam ser vencidos pela Embrapa e apoiem os dirigentes da empresa na implantação de difíceis medidas reclamadas pelo novo momento histórico. Se conduzidas por amplo debate e disposição sincera para o diálogo, sem dúvida a Embrapa vai revigorar sua capacidade para situar-se com eficácia ainda maior na nova fase do desenvolvimento agrícola brasileiro.

 

Zander Navarro e Eliseu Alves são pesquisadores da Embrapa. Eliseu foi presidente da empresa (1979-1984). E-mails: zander.navarro@embrapa.br e eliseu.alves@embrapa.br.

 

Obs: Segue o link para o artigo “Os Novos Desafios da Embrapa” publicado no Estado de São Paulo EM 22/8/2014 de autoria dos Drs. Zander Navarro e Eliseu Alves. http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,os-novos-desafios-da-embrapa-imp- ,1546563

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Tema bastante explorado pelos meios de comunicação, o aquecimento global e seus efeitos na agricultura, também foi debatido durante o XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo no painel “Seca e calor eseus impactos na produção de milho e sorgo”. Projeções e análises demodelos que mostram mudanças na geografia de produção das principaisculturas agrícolas brasileiras foram apresentados, como a redução, em umfuturo próximo, do número de municípios aptos a plantarem milho,segundo o Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos, e a migração daslavouras de café mais para o Sul do país.


Em relação à produção de milho, o número de municípios em condições de plantio atestadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento cairá de 4400 para 3800 até 2070, segundo as projeções. Noentanto, de acordo com o pesquisador do Centro de PesquisasMeteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp(Universidade Estadual de Campinas) Hilton Silveira Pinto, alternativaspara reverter essas projeções têm que ser colocadas em prática. “Oobjetivo é diminuir a concentração de gases de efeito estufa”, destacou.Entreessas alternativas, estão o plantio direto na palha, capaz de aumentar oestoque de carbono no solo, a arborização de áreas e a adoção dosistema de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta).


“Estudos mostram uma absorção de 2,5 toneladas de dióxido de carbono por hectare por anocom esse sistema”, disse o pesquisador. Atualmente, o Brasil emite, deacordo com Silveira, 1,9 bilhão de toneladas de carbono na atmosfera.Aliada às alternativas anteriores, o pesquisador cita a necessidade derecuperação de mais de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas,“sequestrando carbono e reduzindo os gases de efeito estufa”. “A fixaçãobiológica de nitrogênio é mais uma saída, além de ações contundentes dereflorestamento”, afirmou.


O painel foi coordenado pelo pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Reinaldo Lúcio Gomide, da áreade Agrometeorologia.O XXVIII Congresso Nacional de Milho eSorgo, realizado pela Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Transferência deTecnologia, Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, eUniversidade Federal de Goiás, foi encerrado na última quinta-feira, 02,em Goiânia-GO. A promoção foi da ABMS (Associação Brasileira de Milho eSorgo).


As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Milho e Sorgo.


Fonte: Agrolink

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Entrevista com Armindo Kichel, da Embrapa

Raquel Maria CuryRodrigues, analista de mercado do FarmPoint, entrevistou ArmindoKichel, pesquisador da Embrapa Gado de Corte durante o I CongressoInternacional da Produção Pecuária no mês de agosto. Na entrevista,Armindo comenta sobre a integração lavour-pecuária-floresta,sustentabilidade e mão-de-obra.

Destaques da entrevista

"Parauma atividade ser sustentável hoje, ela precisa ser primeiramenteeconômica. Ninguém mais brinca de pecuária, ninguém mais brinca deagricultura, pois são investimentos muito altos e tem que ter um retornofinanceiro. O segundo ponto, é que para ser sustentável, tem que causarum bem-estar para a sociedade e as pessoas envolvidas tem que sebeneficiar dessa economia, com bons salários, bom padrão de vida. Porúltimo, nós temos que ter preservação ambiental, e a integraçãolavoura-pecuária-floresta reduz os riscos, devido à diversificação dossistemas produtivos. Com isso, menos riscos climáticos e menos riscosmercadológicos. Trabalhar com sistemas integrados capacita amão-de-obra, pois exige uma qualificação maior da mão-de-obra".

"Nossistemas integrados normalmente são utilizados mais investimentos,trabalha-se com carne, com soja, com milho, com floresta, então existeum aporte de capital bem maior para isso e exige uma competência maiorde gestão. Esse sistema é sustentável principalmente para o meioambiente, pois quando eu planto só soja sobre soja, cai a matériaorgânica do solo e eu não tenho cobertura para plantio direto. Quando eurealizo a integração com a pecuária e com as pastagens, eu vou cobrir osolo, vou fazer um plantio direto, vai reter mais água, vai sequestrarmais carbono e vai ter menor emissão de gases de efeito estufa".

"Quandoeu coloco a floresta, vai dar sombra para o boi (bem-estar animal). Osistema agrosilvopastoril é positivo, é uma atividade que produzalimento com zero de emissão de efeitos poluentes e apresenta créditos.Hoje, floresta com grãos e com carne, tem créditos de carbono, temcrédito de metano e em curto prazo, esse produto precisa ser valorizado.Queremos agora que o bom produtor, que o bom sistema, seja aplaudido,seja premiado e valorizado".

"Temos vários projetos a mais de 20anos com integração lavoura-pecuária e nos últimos anos entramos tambémcom o sistema de florestas. Nós temos hoje um projeto chamadoIntegração-Lavoura-Pecuária coordenado por Brasília, que integra 34centros da Embrapa e 08 regiões do Brasil. São ações de validação etransferência de tecnologias, e ações de pesquisa, para coletar maisdados do sistema e municiar os produtores e os ecologistas dizendo quehá um sistema hoje no qual o produtor pode produzir com alta qualidade,alta quantidade e sem poluir, e ainda sim melhorar o meio ambiente".
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Voce que ja curte a Wolf Seeds no Facebook, cruze os dedos e se prepare.

A Wolf Seeds estará sorteando ingressos para o Maior evento agropecuário do Brasil que acontecerá em Ribeirão Preto - SP.

Este ano a Wolf Seeds estará participando da Agrishow 2011 com um grande estande, mostrando diversas variedades de brachiarias, leguminosas e diversas outras variedades que são atualmente comercializadas no mercado nacional e internacional.

O Facebook é um canal de comunicação hoje muito usado entre pessoas e empresas para compartilhar informações entre pessoas e escolhemos o Facebook para fazer esta promoção.

Se voce não tem ainda um perfil no Facebook, faça agora mesmo e curta a Wolf Seeds, além de concorrer a ingressos para a Agrishow 2011 os sorteados vão ganhar varios premios no estande da Wolf Seeds.


CURTA A WOLF SEEDS NO FACEBOOK AGORA MESMO !!!

 

http://on.fb.me/icV79p

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Brasília, 16 de maio de 2011.


 “Agricultura e meio ambiente: encontros e desencontros e a Rio + 20” foi o tema do terceiro painel do Seminário Regional Centro Oeste do Projeto Pensar o Brasil e as Américas, intitulado “Os desafios da Agricultura Brasileira no Século XXI”. O evento foi realizado nos dias 5 e 6 de maio, em Goiânia-GO. O painel teve dois moderadores, o coordenador nacional da CCEAGRO, engenheiro agrônomo João Araújo e o conselheiro federal engenheiro agrônomo Petrúcio Ferro.


O Painel contou com as palestras do conselheiro federal Kleber Souza dos Santos, coordenado da Comissão de Assuntos Institucionais do Sistema Confea/Crea, do engenheiro agrônomo Paulo Marçal Fernandes, professor e produtor orgânico; do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa Agropecuária, engenheiro agrônomo Vicente Almeida; e do professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina, engenheiro agrônomo Rubens Onofre Nodari.


O conselheiro federal do Confea, Kleber dos Santos, que também é mestre em gestão econômica do meio ambiente e especialista em gestão do agronegócio, inaugurou o debate abordando o tema a partir da perspectiva do Sistema Profissional. A partir dessa perspectiva, ele falou sobre diversos assuntos, desde o marco regulatório da questão ambiental e à repercussão internacional da temática, o que se reflete na elaboração de tratados internacionais. Desde questões relativas às mudanças climáticas e seus impactos no dia a dia da população até a biodiversidade, diferencial do Brasil no contexto mundial.


Para Kleber, economia e meio ambiente são agendas convergentes e não conflitantes. “A própria economia só tem sustentabilidade se incorporar questões ambientais”, afirmou o conselheiro. Para ele, os profissionais da área tecnológica devem pensar a partir da riqueza da biodiversidade no Brasil. “Imagine trocar todo o bioma amazônico por uma grande lavoura de grãos, substituindo todo um ecossistema arbóreo em equilíbrio por um ecossistema não condizente com esse bioma”, propôs Kleber, para exemplificar a necessidade de que o planejamento da safra deve ser específico para cada bioma.


Kleber falou ainda sobre outros conceitos, como o da “pegada ecológica”, um indicador de sustentabilidade que calcula a quantidade de recursos naturais necessária para manter determinado padrão de consumo, inclusive para manter um determinado sistema produtivo. “Nosso sistema tem uma pegada ecológica muito grande. Há que se trabalhar a redução dessa pegada por vários meios, como reciclagem, integração de sistemas. Tem um conceito chamado resíduo zero que é você procurar incorporar os resíduos no processo produtivo.


Para Kleber é papel do profissional de agronomia participar ativamente na construção das políticas ambientais. “Sabemos que existem exemplos de participação em conselhos estaduais de e meio ambiente, mas precisamos refletir sobre a nossa participação no processo”, ressaltou. Segundo ele, o trabalho no Confea, junto com as câmaras de agronomia, é colocar o tema em pauta e trazer a responsabilidade para os profissionais do Sistema. Ele mencionou a “Carta do Amazonas”, sobre a sustentabilidade na agronomia, confeccionada em novembro do ano passado como uma das iniciativas nesse sentido.  “Precisamos ter um marco e definir a atuação dos profissionais na agenda ambiental”.  Para Kleber, a atuação desses profissionais na construção do novo código florestal é imprescindível. “Temos uma assessoria parlamentar bem estruturada no Confea e podemos influenciar no processo”, afirmou.


A palestra seguinte, pelo professor e produtor orgânico Paulo Fernandes, manteve o foco nas características e possibilidades da agricultura orgânica. Para Fernandes, o Brasil vive hoje o que ele classificou como “agricultura do medo e do desperdício”. “O que temos á uma alta produtividade com um custo igualmente alto e um alto risco”, afirmou. Segundo ele, o país consegue aumentar a produtividade colocando a agricultura a serviço das indústrias. “Assim, a maior parte do lucro com a agricultura não fica com o agricultor. Estamos produzindo muito caro e vendendo muito mal”, classificou. Para ele, muito desse “medo” na agricultura vem da ideia de que os insumos são a salvação. “Desequilibra-se para depois equilibrar utilizando insumos. Os agrotóxicos muitas vezes são vistos como produtos milagrosos”, afirmou Fernandes, para quem essa é uma ideia falsa.


Segundo o agricultor, desde janeiro de 2011 a Lei nº 10.831 regulamenta a agricultura orgânica, prática que antes buscava atender a diretrizes de entidades certificadoras, geralmente baseadas na legislação internacional. A nova legislação estabelece uma série de princípios, como a busca do equilíbrio do solo como principal base do ecossistema; a redução da interferência de insumos; o resgate da utilização de materiais; a otimização dos recursos naturais e a produção com baixo custo e qualidade, além de comercialização com preço justo e acessível. “São diretrizes elementares. Seria um contrasenso produzir orgânicos e vendê-los apenas para os ricos”, argumentou.


Para que essas diretrizes possam ser seguidas, é preciso de planejamento da base de cultivo e medidas de conservação. “Tudo isso exige  muita ação agronômica”, ressaltou Fernandes. “É preciso elevar a matéria orgânica do solo e se preocupar com as condições físicas e biológicas, não apenas com as condições químicas. Esses três atributos básicos do solo são interdependentes e, por isso, o solo deve ser trabalhado como entidade viva e não como substrato. Por isso a relação do engenheiro agrônomo com o solo é completamente diferente da relação do engenheiro civil”.


Na palestra seguinte, o engenheiro agrônomo Rubens Onofre Nodari, mestre em melhoramento genético e doutor em genética, falou sobre os impactos da agricultura no meio ambiente. Segundo ele, nos últimos 50 anos a agricultura tem entrado num ritmo em que os químicos são predominantes e a transgenia está no escopo dessa agricultura intensa em químicos. “Há necessidade de um novo paradigma para a agricultura, de mudança de comportamento individual e coletivo, de instituições com boa e responsável governança, de uma melhor educação e de ação já”, afirmou Nodari.


Para ele, o avanço da agricultura química é acompanhado de desigualdades no comercio, perdas na saúde e implicações na sustentabilidade ambiental. Segundo ele, as informações divulgadas sobre o aumento da produtividade não tem levado em conta as externalidades negativas produzidas. “Não podemos mais pensar somente na produção, mas também na qualidade do solo e da água, pelo ponto de vista social, incluindo a saúde”, afirmou.


O debate sobre a utilização de agrotóxicos, nesse cenário, é central. Nodari destaca um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que revela a existência de corpos d’água contaminados em 901 municípios brasileiros. “Temos de nos atentar para isso, pois o mundo inteiro vai clamar por alimentos de alta qualidade biológica, porque isso é sinônimo de saúde. Se quisermos ser agroexportadores, temos que levar isso em consideração”.


Nesse contexto, a ideia de que a tecnologia é uma precisa modificação genética racionalmente designada para alcançar um objetivo específico tem sido vendida como solução. Contudo, Nodari destaca que, para haver desenvolvimento sustentável, é preciso por em prática o”princípio da precaução”. Ele considera que medidas ambientais devem antecipar, prevenir e atacar as causas da degradação ambiental. “Onde existirem ameaças sérias de danos irreversíveis, a falta de certeza científica não deve ser usada como razão para postergar medidas de prevenção da degradação ambiental”, ressaltou.


O pesquisador da Embrapa e presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agrário, Vicente Almeida, encerrou o painel fazendo um histórico sobre a internalização da temática ambiental no modelo de desenvolvimento e no modelo de desenvolvimento agrícola. Segundo ele, a regulamentação do setor no Brasil passou por três fases: a criação do Código das Águas e do Código da Mineração; a institucionalização das políticas públicas de meio ambiente, como secretaria do meio ambiente, Conama e Ibama; e a consciência da globalização dos problemas ambientais e o conseqüente crescimento da participação da sociedade civil nos debates.


Vicente Almeida ressaltou que a questão ambiental foi elevada ao status constitucional com a promulgação da Constituição Federal de 1988. “Não se trata, portanto, de um debate ideológico, mas de uma questão legal: é direito de todos não ter água nem solo contaminados; é direito de todos ter informações sobre a qualidade dos alimentos que estão sendo consumidos e esses assuntos estão disciplinados na Constituição Federal”, ressaltou.


Vicente destaca que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo.  “A área plantada evoluiu cerca de 4% de 2004 a 2008, mas a venda de agrotóxico evoluiu 45%. No mínimo há um descompasso”, ressaltou. “Estamos usando tecnologia para aumentar nossa vulnerabilidade ambiental”, completou Vicente, mostrando-se preocupado inclusive com a questão da segurança alimentar. “Produzimos mais de 150 milhões de toneladas de grãos, mas mesmo assim, 40 milhões de famílias brasileiras em estado de insegurança alimentar”.


Para concluir, Vicente fez uma provocação aos agrônomos a respeito do receituário agronômico. “Será que estamos fazendo nosso papel de fiscalizar e contribuir no nosso Sistema para a promoção da saúde ambiental?” questionou. Para ele, uma forma de contribuir com a temática seria promover a troca de experiências nos estados sobre o controle do receituário agronômico e promover políticas públicas que resgatem sua aplicação e fiscalização.


O painel teve como relator o engenheiro agrônomo Luiz Rodrigues Freire.

Mariana Silva
Assessoria de Comunicação do Confea

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CONVERSAS AMENAS SOBRE PLANTIO DIRETO

Caros Colegas
Vamos iniciar uma conversa sobre Plantio Direto, esta tecnologia que está na base do sistema de integração lavoura pecuári - ILP e por consequência do sistema Integração lavoura, pecuária e floresta - ILPF. E inicio com uma conversa meio nostálgica.

As coisas mudam muito com o passar do tempo. Não é verdade? Pois bem, meus colegas e amigos, lembro-me que na época em que estava me formando ter um trator com arado e grade e fazer plantio em terra mecanizada era sinal de que o produtor estava se modernizando e bem de vida. Trabalhar assim era desenvolver uma moderna agricultura.Afinal de contas o mundo moderno já havia sepultado a enchada, o espeque e as plantadeiras manuais.

Passados não mais que 35 anos, a maioria dos produtores sabem que o uso do arado para revolver o solo, anualmente, pode ter alguns benefícios mas também pode deixá-lo prontinho para ser destruído pela erosão.

Há quem diga que a aração é a base da degradação da terra agricultável. Um dos mais sérios problemas ambientais do mundo e uma ameaça à produção de alimentos e à sobrevivência rural. Principalment, em áreas pobres e densamente povoadas dos países em desenvolvimento. Esta afirmação pode ser, de certa forma exagerada, mas tem muito fundo de verdade.

A aração e a gradagem em demasia pode trazer dois problemas gravíssimos: compactação em baixo e terra pulverizada em cima. Por consequência, a camada compactada dificulta a drenagem da água e faz com que ela se acumule na superfície e corra. Ao correr superficialmente, leva parte da terra pulverizada e junto com ela parte dos nutrientes que inclusive custaram suor e dinheiro do produtor dono da área.

O pior de tudo é que a camada compactada além de causar probleas na drenagem da água também dificulta o desenvolvimento das raízes das plantas que o produtor plantou para tirar o seu sustento e gerar o recurso adicional para trazer qualidade de vida para si próprio e para sua família.

Percebeu onde queremos chegar? Relembrar a todos que você ao trabalhar no sistema de plantio convencional se não tiver uma condução muito boa estará arriscando perder seu solo e junto com ele parte do dinheiro que investiu em fertilizantes.

Quer ver outra coisa muito grave? sabe para onde vai o solo e o seu dinheiro na forma de fertilizantes que vai junto com ele? Para os córregos, rios e no final das contas, para o mar.

Então meus amigos, para os rios vão os resíduos de adubo, parte do solo, e, ainda os resíduos do veneno que você aplicou contra pragas, doenças e mesmo para matar algumas plantas que você considera invasoras de sua lavoura.

Depois de tudo isto você recorre ao rio sujo para dar água aos seus animais e para usar no seu dia a dia, inclusive, em alguns casos, para matar sua sede e de sua família.

É pór isto, meus amigos, que no Brasil existem muitos problemas ambientais que tem diminuido o valor de nossa agricultura para o público urbano de nosso país e do mundo, em prejuizo a todo esforço de melhoria de imagem do agronegócio brasileiro.

É sobre como solucionar esses problemas, é sobre o plantio direto que iremos conversar um pouco nestes dias que irão se suceder.

Até a próxima

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Por que criminalizar a pecuária na Amazônia?

Por ocasião da COP15, um tema para reflexão e debate

COP15 - Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas Por João Meirelles Filho, do Instituto Peabiru A maior atividade ilegal da Amazônia é a pecuária bovina extensiva. Não é o tráfico de drogas ilícitas, a biogrilagem, a extração ilegal de madeira ou o garimpo. Estes movimentam pouco dinheiro e pouca gente se comparados à pecuária. É crime contra os habitantes da Amazônia pois mais da metade da carne consumida na própria região é abatida, transportada e vendida de forma clandestina, sem condições de higiene, burlando o fisco e a todos nós. É crime de lesa-humanidade ao ser o principal fator de emissão de gases que contribuem para as mudanças climáticas globais – carbono e metano, principalmente. Isto envergonha o Brasil perante o mundo pois se mostra um país incompetente. Enquanto as Nações se preocupam com o clima, o Brasil toca foco na Amazônia numa grande e desavergonhada fogueira. Em 30 anos nós, os brasileiros, desmatamos 70 milhões de hectares na Amazônia, uma área maior que Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos. Pior, anualmente queimamos boa parte desta área, mesmo sendo proibido, porque é mais fácil e mais barato limpar o pasto por meio do fogo e, como ninguém fiscaliza mesmo... É crime contra o fisco estadual e federal ao esconder mais de 5 milhões de cabeças de gado, pastando sossegadamente nos grotões das fazendas. Gado que é transportado e abatido clandestinamente e vai financiar a grilagem de mais terras e a retirada de mais madeira ilegal. É crime ambiental ao não respeitar sequer o código florestal, este instrumento legal da década de 1960, uma vez que não há uma única fazenda de pecuária extensiva na Amazônia que possa ser considerada legal. As áreas de proteção permanente (APPs) são ignoradas, as reservas legais são raramente cumpridas. As micro-bacias são pisoteadas e interrompidas, as margens dos cursos d’água não são respeitadas; as queimadas são mais comuns do que se imagina, a caça prossegue até o extermínio, os habitats críticos são desconsiderados, assim como a complexa biodiversidade e as espécies ameaçadas, enfim, o ambiente nativo é um inimigo a ser extinto e substituído pelo capim exótico. O boi, outra espécie exótica e invasora, ocupa o espaço que deveria ser dos ambientes e da fauna naturais. É crime trabalhista ao empregar, informalmente, sem condições mínimas de trabalho – moradia para o trabalhador e sua família, transporte, local para refeições, equipamentos de segurança – a maior parte dos 500 mil trabalhadores do setor. A maioria de trabalhadores libertados em regime análogo a escravidão o foram de fazendas de pecuária da Amazônia. É crime fundiário ao invadir 50 milhões de hectares de terras públicas (duas vezes o estado de São Paulo), e procurar, por meios espúrios, legalizar a propriedade desta terra, com grandes vantagens ao proprietário e imensas perdas à União e a cada brasileiro. Esta usurpação hoje é matéria de escândalo nacional, a Medida Provisória (um instrumento da ditadura), a de número 458, que legaliza a posse dos grileiros que ocupam terras de 400 a 1.500 hectares. É crime de lambança econômica ao ignorar o maravilhoso potencial econômico dos ambientes naturais e preferir, em seu lugar, produzir ridículos 85 kg de carne bovina/hectare/ano e alcançar a desprezível renda de R$ 300,00/ha/ano. Afinal, estes grileiros não pagaram pela terra, roubam-nos a madeira e por que se sensibilizariam para a regra número 1 da economia privada: o retorno sobre o capital? A pecuária brasileira é a altamente ineficiente e, com raras exceções, demonstra capacidade em avançar. Na Amazônia a pecuária apresenta um grau de ocupação inferior a uma unidade animal por hectare e oferece retorno sobre o capital inferior ao da caderneta de poupança (6% ao ano), ou seja, o pecuarista ganharia mais dinheiro colocando seu capital em qualquer aplicação financeira que devastando a Amazônia. Mesmo economicamente, a atividade da pecuária da Amazônia não se justifica, seu impacto na economia brasileira é desprezível: menos de 0,5% do PIB do Brasil. Por que, então, insistir nesta atividade? É crime social e cultural ao perpetuar o atraso deste país. Um país ocupada pela ditadura da pata do boi e de seus coronéis é o símbolo do atraso, do desrespeito à cultura aos direitos básicos dos cidadãos. É crime ao ser a principal causa de mortes e violência no campo, atingindo especialmente as populações tradicionais. A pecuária torna o Brasil um campo de concentração, protegido por capangas ilegais e que alimenta a corrupção política e a lavagem de dinheiro que tanta energia e recursos sorve da Nação. A pecuária trata a Amazônia no atacado, aceita-se passivamente a transformação anual de 1 milhão de hectares de florestas em pastos, a devassa anual de 100.000 hectares para o carvão vegetal ilegal e tantas áreas para a soja e outras atividades. Diante da pecuária o conhecimento de dez mil anos, a cultura da floresta tropical, não tem valor. O indivíduo, especialmente das populações originais, nada representam, são um estorvo. O que vale são os milhares de hectares de pastos sujos e mal cuidados, desertos humanos, tendo como moldura o paliteiro de castanheiras e árvores queimadas, de braços abertos, a pedir socorro. Se os conhecimentos atuais da agrofloresta (comprovados pelo Instituto de Permacultura da Amazônia) e da aquicultura (vide Embrapa e outros) permitem a uma família viver, dignamente, com 1 hectare de agrofloresta & aqüicultura, por que insistir nas dinossáuricas fazendas de boi de 500, 1.000, 5.000 e 50.000 hectares? Como explicar a nossos filhos (e a nós mesmos) que, na Amazônia, passamos de um rebanho de menos de 2 milhões de cabeças, em 1964, antes do golpe militar, para uma boiada de 75 milhões de cabeças, mais do que em toda Europa, e equivalente a 1/3 do gado do Brasil? Como será a Amazônia daqui a 10 anos, com o aumento de 5 milhões de cabeças de gado ao ano? Como explicar que quem precisa dinheiro para comprar boi, limpar pasto tem crédito fácil, ou melhor, como explicar os R$ 6,7 bilhões emprestados pelo BNDES, o Banco da Amazônia e outros lautos cofres da Nação dos brasileiros, aos grandes grupos frigoríficos, em boa parte para emprego na Amazônia? Isto significa que cada um de nós, brasileiros, estamos doando aos frigoríficos R$ 33,50. Diante disto doações de países como a Noruega, para o Fundo Amazônia, parecem ações do jogo infantil banco imobiliário. Ao mesmo tempo, porque é tão difícil o acesso a crédito para as atividades sustentáveis, de reflorestamento, as florestas de alimento, a aquicultura, especialmente ao milhão de famílias de pequenos agricultores da Amazônia, entre as quais estariam as populações tradicionais, atualmente com menos direitos que o boi que pisa a Amazônia? Como explicar o desinteresse do poder público, em suas diversas esferas, por discutir a verdadeira causa de destruição da Amazônia: o aumento desenfreado do consumo de carne bovina e o deslocamento de sua produção para a Amazônia? Haverá tantos pecuaristas no Congresso Nacional e no Executivo e no Judiciário para fechar a porteira desta discussão? Não seria o momento de declarar uma moratória na concessão de crédito para a pecuária? Nas licenças para frigoríficos, na conversão de florestas e ambientes naturais em pasto para mais boi? Pelo menos até que a Constituição Federal, que considera a Amazônia Patrimônio Nacional, fosse efetivamente cumprida? O que queremos nós, brasileiros, mais duzentas gramas de bife ilegal e pretensamente barato (pois não pagam as externalidades sociais e ambientais) em nossos pratos, ou a Amazônia conservada e suas populações respeitadas? As recentes pesquisas do DataFolha e do Amigos da Terra não deixam dúvidas quanto à opção do brasileiro pela Amazônia integral. Da mesma forma, os estudos do Imazon, do ISA, do Greenpeace e outras organizações, e o espaço aberto pela mídia como a Rede Globo, denotam a gravidade e urgência da questão amazônica. O discurso que até agora se qualificava de conversa para boi dormir (para diminuir sua força), de “ambientalista”, de “verde”, hoje é preocupação central do brasileiro. O Brasil precisa decidir hoje se quer ser o curral do mundo, onde pastarão os bois do planeta ou se quer a floresta amazônica e seus habitantes. Na verdade, os brasileiros precisam decidir se querem continuar sob o cabresto e no curral dos pecuaristas, ou se querem assumir plenamente a sua cidadania, e exercer seus direitos. O Congresso Nacional, ao propor uma lei que considere crime a pecuária bovina extensiva na Amazônia despertará um ciclo virtuoso de inovação científica e tecnológica e de geração de emprego e renda sem precedentes nos 400 anos de maltrato e desprezo à Amazônia. Com os conhecimentos atuais é possível, em dez anos, retirar o boi da Amazônia, substituir os seus 70 milhões de hectares por 10 milhões de hectares de agrofloresta, dobrar a área de florestas energéticas do Brasil com o plantio de 6 milhões de hectares, além de 100 mil lagos de aquicultura cabocla (para gerar a proteína animal que o mercado deseja), gerar 5 milhões de empregos e, de quebra, ainda recuperar pelo menos outros 20 milhões de hectares para cumprir a legislação tornando-os Área de Proteção Permanente (APP) e Reserva Legal. Trata-se, sem dúvida, no país que ama os superlativos, do maior programa de restauração ambiental e reflorestamento jamais pensado para o planeta. O consumidor não precisa esperar que o Congresso desperte. Pode, agora mesmo, exigir os seus direitos, seja pelo voto, seja na gôndola do supermercado. Por que não perguntar ao seu fornecedor de carne de onde vem a carne que se lhe é oferecida? Não é este um direito básico do consumidor? Por que continuar a comprar carne de quem não lhe dá esta informação? As três grandes redes varejistas, Pão de Açúcar, Wal Mart e Carrefour se candidatariam ao Premio Nobel da Paz ao assumirem o compromisso de que, a partir de hoje, não adquiririam um quilo de carne da Amazônia e respeitariam o consumidor, ao informar exatamente de onde vem a carne à venda. *** Em alguns dias, as chuvas amainarão e as motosserras urrarão na calada da noite, engolindo, este ano, mais 1 milhão de hectares de florestas. As festas juninas trarão a pirotecnia nacional e a queima de mais de 25 milhões de hectares de pastos sujos e o fogo entrará silenciosamente, na floresta (uma área maior que o estado de São Paulo). Se a pecuária bovina é o carrapato que suga o Brasil e nos faz adoecer, porque insistimos no boi como o símbolo de riqueza e motor do progresso? Por que escolhemos o pior conversor de energia que precisa comer 8 kg de alimento para transformar em 1 kg de carne? Com todos os avanços tecnológicos não haveria algo mais inteligente a fazer? Se a pecuária é a droga que entorpece o país, não seria o momento de transformar o BNDES no Banco Nacional de Substituição da Pecuária, para desarmar esta bomba relógio que nos levará à bancarrota econômica e ao colapso social e ambiental? E por que não criar as Escolas Nacionais de Reciclagem de Pecuaristas? Aquelas que colocariam em prática o conhecimento disponível dos povos originais, da academia, dos centros técnicos, das ONGs e das empresas modernas, onde a Amazônia se apresenta como jardim de oportunidades, a floresta de alimentos, espaço para o ecoturismo e para a retenção de carbono (com mecanismos como o do desmatamento evitado - REDD) e onde as terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação sejam respeitadas e sejam sustentáveis. Afinal, quem somos nós? O gado tocado pelos pecuaristas? ou os cidadãos que se respeitam e respeitam esta Nação e que compromissados com a sobrevivência da Humanidade no único planeta que dispomos. João Meirelles Filho é autor do Livro de Ouro da Amazônia, descendente de incontáveis gerações de pecuaristas, e trabalha no Instituto Peabiru, pela substituição da pecuária bovina por atividades dignas e sustentáveis. (Envolverde/Instituto Peabiru)
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Michigan State University College of Agriculture & Natural Resources Alumni Association

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Cornell University College of Agriculture and Life Sciences

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UC Davis College of Agricultural and Environmental Sciences

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University of Minnesota College of Food, Agricultural and Natural Resource Sciences

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University of Illinois at Urbana-Champaign College of Agricultural, Consumer and Environmental Sciences

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Purdue University College of Agriculture

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Washington State University College of Agricultural, Human,

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University of Wisconsin College of Agricultural and Life Sciences

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Iowa State University Department of Agricultural and Biosystems Engineering

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The University of Georgia College of Agricultural and Environmental Sciences

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Agronomia debate Código Florestal

Debate sobre Código Florestal promovido pela AEARJ





A Associação de Engenheiros Agrônomos do Rio de Janeiro - promoveu, 18 de agosto último no auditório do CREA-RJ, um debate inicial sobre o Novo Código Florestal Brasileiro conforme anunciado aqui na Rede Agronomia.


Uma troca de ideias e de visões sobre o tema, acabou contribuindo para esclarecer muitos aspectos de tema complexo que a proposta de susbstitutivo da Lei.


André Ilha, diretor de biodiversidade e áreas protegidas do INEA (Instituto Estadual do Ambiente) comparou a proposta do Novo Código Florestal à visão desenvolvimentista a qualquer preço. André analisa que a Comissão encarregada de propor mudanças ao Código Florestal está dominada por ruralistas, o resultado desse relatório era previsível. A proposta é extremamente perniciosa, disse.





O relator das propostas de mudanças ao Código Florestal é um deputado comunista – Aldo Rebelo – é bastante antiquado por não se apropriar dos avanços científicos e não analisar a relação direta de causa e efeito estabelecida entre as ações humanas, seja pela industrialização ou desmatamento, sobre o clima global e por estarmos neste momento provocando a sexta grande extinção em massa da história do planeta terra.






Alberto Figueiredo, engenheiro agrônomo, ex-secretário estadual de agricultura e colega da Rede Agronomia, apresentou argumentos a favor dos agricultores.



Sobre preservação de matas ciliares, concorda com critérios científicos na preservação, mas questiona que critérios foram capazes de definir as atuais dimensões de proteção às margens dos corpos d'água.


- Áreas planas às margens dos rios são as mais férteis da propriedade. Os projetos já implantados de fruticultura no nordeste ou os canaviais no norte fluminense às margens dos rios Muriaé, Paraíba e Bomba, precisam ser discutidos, afirmou Alberto.


- Não é justo colocar sobre o agricultor, na maioria descaptalizado, o ônus (do cumprimento da legislação) da preservação que cabe ao Estado brasileiro, argumentou o colega engenheiro agrônomo.



Marcus Vinicius Carrasqueira
- Conselheiro da AEARJ e gerente ambiental da Prefeitura do Rio - esclareceu os conceitos de Área de Preservação Permanente e Reserva Legal, recuperando a história desse avanços e por último a tensão gerada pela Lei de Crimes Ambientais sobre a produção rural.




Temos – como engenheiros agrônomos – uma responsabilidade muito grande frente às Leis em vigor, seja no atual Código Florestal, sua proposta de modificação, bem como na aplicação da lei em zoneamentos ecológicos, manejo de microbacias hidrográficas, no plano de suprimento sustentável, pré-condições para o projeto de lei cumprir seu objetivo. Produzimos licenciamentos, laudos e pareceres.


- Cabe o nosso posicionamento ético no interesse maior em benefício da sociedade desempenhando melhor nosso papel como profissionais, finaliza Vinicius.





Retrocesso ambiental ou legalização da agropecuária?




Caros colegas,


Diante da complexidade do tema é difícil ter uma opinião definitiva ou única sobre a proposta do Novo Código Florestal Brasileiro. Palco de disputas entre interesses da agricultura comercial e de ambientalistas, a proposta de substitutivo encaminhada pelo deputado Aldo Rebelo, vem gerando polêmica pelo país.


Até entendo a fraca mobilização da opinião pública sobre o tema. No país em que está difícil conquistar eleitores para o próximo pleito, o que dirá um tema técnico e complexo como esse.


Por dever de (nosso) ofício e pelos impactos que o Novo Código Florestal pode causar, é importante termos informação e opinião. Como profissionais ou cidadãos temos algo a dizer.


Quais visões devem prevalecer? A preservação do ambiente se sobrepõe à produção de alimentos e energia? O interesse econômico é mais relevante que a preservação de ambiente e espécies evitando contribuir ainda mais para o aquecimento global?


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